Chuva reacende esperança de produtores de sisal no semiárido da Bahia: ‘Luta continua’


O nascimento da ‘cebola-brava’ entre as roças do semiárido da Bahia fez valer o prenúncio de chuva e amenizou o sufoco de uma população que lida com a pior seca já registrada desde a década de 1960. 

Gerente industrial da Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb), localizada no município de Valente, Juciano Oliveira diz que a chuva que tem caído em algumas cidades da região garantiu a empregabilidade e a continuidade das atividades na fábrica que tem o sisal como matéria-prima na produção de produtos que atendem aos mercados nacional e internacional.  Há cerca de um mês, a previsão na indústria da Apaeb era de paralisação das atividades, caso a chuva não chegasse em um período de 30 dias. 

A crise que atingiu a empresa diante da seca severa provocou a demissão de 30 colaboradores e a concessão de férias coletivas para uma parcela da equipe. “Tivemos chuva em alguns lugares. Agora, a gente está esperando um tempo para voltar a colheita. Daqui a uns 15 dias, a gente vai começar a receber [o sisal dos produtores]”, afirma Juciano Oliveira. A previsão otimista tem a ver com facilidade inerente ao sisal de se recuperar diante de um cenário de chuva. A Apaeb, que estava quase sem planta, vive agora a expectativa de em até nove meses reabastecer completamente os estoques. O ideal, segundo Juciano Oliveira, é que haja 100 mil kg de sisal por semana para garantir a produção e a empregabilidade. 

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